
➡️Em tempos de ostentação e poder concentrado, a imagem de um rei montado em um jumento pode parecer uma contradição. Contudo, essa cena, imortalizada em registros históricos e religiosos, carrega um simbolismo profundo de humildade, propósito e liderança servidora.
A cena emblemática da entrada de Jesus em Jerusalém, descrita nos Evangelhos cristãos (Mateus 21:1-11, Marcos 11:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19). Diferente de imperadores romanos que desfilavam em cavalos imponentes, Jesus escolheu um jumento, símbolo de paz, para adentrar a cidade — uma escolha que confrontava diretamente os padrões de poder da época. A multidão o acolheu com ramos e mantos no chão, aclamando-o como rei, não por suas armas, mas por sua mensagem.
Essa imagem transcende o contexto religioso. Ela se transforma em metáfora para líderes que optam pela simplicidade e conexão com o povo. Em vez de reforçar distâncias, o “rei sobre o jumento” aproxima, escuta e entende a linguagem da rua.
Nos dias atuais, em meio a lideranças que se escondem atrás de aparatos e discursos técnicos, talvez falte mais jumentos e menos carruagens. A escolha do veículo — seja literal ou simbólica — revela muito sobre a natureza de quem lidera.
Porque o verdadeiro poder, muitas vezes, está justamente em parecer frágil. E é nesse contraste que mora a força de quem prefere servir a governar.
Da redação do SISTEMA AQUI NOTÍCIAS
Por: Wanderson Silva