Apesar da tarifa de 50% imposta pelos EUA à maioria dos produtos brasileiros, itens como aeronaves civis, veículos, peças automotivas, fertilizantes, metais, suco de laranja e energia foram isentados. A medida preocupa setores industriais, e o governo brasileiro já iniciou negociações diplomáticas para tentar reverter os impactos.

➡️O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, oficializou nesta quinta-feira (30) a imposição de uma tarifa de 50% sobre a maioria dos produtos importados do Brasil. A medida faz parte de uma nova estratégia de política comercial norte-americana e provocou apreensão no mercado brasileiro.
Apesar do impacto negativo, uma lista de isenções divulgada trouxe certo alívio a setores estratégicos da economia nacional. Entre os principais produtos poupados da sobretaxa estão artigos de aeronaves civis, veículos de passeio e peças automotivas, fertilizantes, produtos derivados de metais como ferro, aço, alumínio e cobre, além de itens agrícolas e energéticos.
A lista de isenções contempla:
Aeronaves civis, motores, peças, simuladores e componentes diversos;
Veículos de passageiros como sedans, SUVs, minivans, caminhões leves e peças associadas;
Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre, incluindo componentes industriais;
Fertilizantes amplamente utilizados no setor agrícola;
Produtos como suco de laranja, castanha-do-brasil, madeira tropical e fibras naturais;
Metais e minerais como silício, estanho, ouro, prata, ferroníquel e alumina;
Gás natural, carvão, petróleo e derivados como lubrificantes, betume e energia elétrica;
Bens retornados aos EUA após reparo ou modificação;
Mercadorias em trânsito até 5 de outubro;
Itens de uso pessoal incluídos na bagagem de passageiros;
Donativos e materiais informativos, como livros, obras de arte e conteúdos jornalísticos.
Mesmo com as isenções, a nova tarifa representa um golpe significativo para os setores de manufaturados e industrializados do Brasil, que deverão sentir os efeitos da política comercial adotada por Washington. Os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, e a decisão ameaça afetar diretamente a balança comercial brasileira.
O governo brasileiro já iniciou negociações diplomáticas para tentar reverter ou mitigar os impactos da medida. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que a situação está sendo analisada com atenção e que a diplomacia brasileira está mobilizada para proteger os interesses do país.
Para o setor empresarial, o cenário é de incerteza. Especialistas apontam que o episódio reforça a urgência de o Brasil diversificar seus mercados e reduzir a dependência de grandes potências como os Estados Unidos.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS