Apesar de promessas desde 2001 e um edital publicado após tragédia em 2024, o transporte complementar de Jaboatão ainda não implantou a bilhetagem eletrônica. Sem o sistema, o município perdeu acesso a recursos federais e enfrenta críticas da população. Atualmente, o pagamento segue sendo feito apenas em dinheiro ou Pix.

➡️A implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica no transporte complementar de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, continua sem sair do papel, apesar de ser uma reivindicação antiga dos usuários. Atualmente, o serviço operado por micro-ônibus em 15 linhas só aceita pagamento em cédulas ou via Pix.
Em 2018, a categoria chegou a judicializar a aquisição do sistema, mas o processo não avançou. A ausência da bilhetagem eletrônica já gerou prejuízos concretos ao município. Um exemplo foi a impossibilidade de Jaboatão se inscrever para receber o Auxílio Transporte Público, programa do governo federal que destinou R$ 2,5 bilhões para subsidiar a gratuidade dos idosos no transporte público em todo o país.
HISTÓRICO DE PROMESSAS
A promessa de modernização do sistema não é recente. Em 2001 foi lançado o VEM Jaboatão, que previa integração tarifária entre o transporte complementar e o metrô. No entanto, o projeto nunca chegou a ser efetivado.
Já em 2022, a prefeitura voltou a anunciar a implantação do sistema de bilhetagem, mas, mais uma vez, não cumpriu a promessa.
Em 2024, após um trágico acidente com um micro-ônibus no bairro Marcos Freire — ocorrido no Domingo de Páscoa (31 de março) e que resultou em cinco mortes e 20 feridos — a gestão municipal publicou um edital determinando que o transporte complementar adotasse a bilhetagem eletrônica em até 60 dias.
Mais de um ano após a publicação do edital, o sistema ainda não foi implantado em nenhuma das linhas, gerando críticas e aumentando a insatisfação da população que depende do serviço.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS