EUA investigam o Pix por suposta “prática desleal” que distorce a concorrência, gerando atritos diplomáticos. O modelo gratuito e estatal incomoda operadoras de cartões estrangeiras, que alegam subsídio implícito. Brasil defende o sistema como essencial para inclusão financeira e economia.

➡️O sistema de pagamentos instantâneos Pix, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e amplamente elogiado pela população por sua praticidade e gratuidade, entrou no radar das autoridades comerciais dos Estados Unidos. EUA iniciou uma investigação alegando que o Pix configura uma “prática desleal” que distorce a competição de mercado, o que tem gerado atritos diplomáticos entre os dois países.
O cerne da questão está na estrutura do Pix, que permite transferências gratuitas para pessoas físicas e tarifas muito mais baixas para empresas, em comparação aos métodos tradicionais como cartões de crédito, débito e transferências TED ou DOC. Para os consumidores e comerciantes brasileiros, a novidade trouxe agilidade e redução de custos. No entanto, para grandes operadoras de cartões – muitas delas norte-americanas – o modelo representa uma ameaça direta ao seu negócio baseado em taxas de transação.
Segundo as autoridades dos EUA, o fato de o Pix ser operado por um órgão estatal, o Banco Central, caracteriza uma intervenção governamental que viola princípios de livre mercado. Eles alegam que isso funciona como um “subsídio implícito”, criando uma vantagem injusta em relação às soluções privadas, especialmente as estrangeiras, que precisam competir sem o mesmo respaldo estatal.
A investigação não se limita apenas ao Pix, mas também abrange temas mais amplos relacionados ao comércio digital e à propriedade intelectual. Mesmo assim, o sistema brasileiro de pagamentos se tornou o principal foco da controvérsia.
Do lado brasileiro, o governo defende o Pix como um instrumento essencial para a inclusão financeira e a modernização da economia. Autoridades argumentam que a iniciativa tem beneficiado milhões de brasileiros ao facilitar transações cotidianas e fomentar a competitividade no varejo.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS