
➡️O tradicional cafezinho dos brasileiros está cada vez mais caro. A combinação de clima adverso, estoques em baixa e dólar valorizado tem elevado os preços do café, com tendência de continuidade ao longo de 2025.
O Brasil, maior produtor mundial, sofre com secas prolongadas e ondas de calor que devem reduzir a produção nacional em até 12,4%. No Vietnã, segundo maior produtor, a situação também é crítica, com queda de 17,2% na colheita. O cenário agrava a escassez global e pressiona ainda mais os preços.
Desde 2021, a demanda mundial de café supera a produção. Os estoques globais já caíram pela metade em relação a 2020. No mercado interno, o reflexo é direto: com menos café disponível, os preços disparam. A China se destaca como um dos principais motores desse aumento na demanda, tornando o café um símbolo de modernidade no país asiático.
Mesmo com uma safra menor, o Brasil bateu recorde de exportações em 2024, vendendo 50,4 milhões de sacas – crescimento de 28,8% em relação ao ano anterior. Isso favorece os produtores, que recebem em dólar, mas agrava a escassez no mercado nacional, prejudicando o consumidor brasileiro.
A valorização do dólar, que subiu 27% em 2024, somada ao aumento dos custos de produção, como insumos, energia e mão de obra, adiciona ainda mais pressão sobre os preços.
Especialistas apontam que a expectativa é de preços elevados até, pelo menos, 2026. A única possibilidade de alívio seria uma melhora climática e incentivos do governo para apoiar os produtores e aumentar a produtividade.
Da redação do SISTEMA AQUI NOTÍCIAS