
➡️ Os “prédios tipo caixão”, construídos no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980, foram uma solução rápida para a crise habitacional, especialmente com o apoio do antigo Banco Nacional da Habitação (BNH). Esses edifícios, com arquitetura simples e padronizada, eram projetados para atender à demanda por moradia popular nos centros urbanos. No entanto, a falta de ventilação, iluminação natural e o uso de materiais de baixa qualidade resultaram em estruturas com muitas deficiências.
O apelido “prédio tipo caixão” vem da forma retangular e da arquitetura fechada dos edifícios, com apartamentos compactos e corredores estreitos. A maioria não possui elevador, o que dificulta ainda mais a mobilidade, principalmente para idosos e pessoas com deficiência.
Presente em cidades como São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, esses prédios abrigam milhares de famílias. Com o tempo, muitos sofreram com a falta de manutenção e problemas estruturais, o que gerou condições insalubres e ambientes com umidade excessiva e bolor. A degradação das construções também trouxe riscos de desabamentos e outros acidentes.
A superlotação também é um problema, já que os apartamentos foram projetados para menos moradores. Isso aumenta o desgaste das estruturas e diminui a qualidade de vida dos habitantes, além de agravar questões de segurança, como incêndios.
Apesar das dificuldades, moradores têm promovido reformas e ações comunitárias para melhorar as condições de vida. No entanto, especialistas apontam a necessidade urgente de requalificação ou substituição desses prédios por opções mais modernas, acessíveis e seguras.
O debate sobre esses edifícios traz à tona questões como o direito à moradia adequada e a importância de um urbanismo mais inclusivo e sustentável.
Da redação do SISTEMA AQUI NOTÍCIAS