
➡️A visão tradicional das plantas como organismos passivos está sendo desafiada por descobertas científicas recentes. Pesquisas em biologia têm revelado que o reino vegetal possui uma complexa rede de percepções sensoriais, demonstrando que as plantas são muito mais “conscientes” do ambiente do que se imaginava.
Apesar de não possuírem olhos ou ouvidos como os humanos, as plantas desenvolvem mecanismos biológicos que lhes permitem captar informações semelhantes à visão, audição e outros sentidos. Os fotorreceptores, por exemplo, possibilitam que elas “vejam” ao detectar diferentes comprimentos de luz. Essa habilidade permite que distingam cores, identifiquem ciclos de dia e noite e até “prevejam” o sombreamento causado por outras plantas, ajustando seu crescimento para otimizar a fotossíntese.
Além disso, estudos apontam que as plantas também podem “ouvir”. Mesmo sem ouvidos, elas percebem vibrações e sons do ambiente. Pesquisas mostram que algumas espécies respondem a sons específicos, como o zumbido de abelhas ou o mastigar de lagartas, modificando seu comportamento — desde a produção de néctar até a liberação de substâncias de defesa. Há até indícios de que raízes podem crescer em direção ao som da água.
Outro fato impressionante é que, quando submetidas a estresse hídrico ou danos físicos, algumas plantas emitem sons ultrassônicos, inaudíveis para o ser humano, mas potencialmente captados por animais.
Os cientistas também destacam que as plantas possuem capacidades que lembram outros sentidos humanos, como tato, olfato, paladar e até percepção de temperatura e gravidade. A dormideira (Mimosa pudica), por exemplo, reage ao toque; trepadeiras usam o tato para se prenderem a suportes; e parasitas como a Cuscuta detectam compostos químicos no ar para localizar suas hospedeiras.
Embora não haja consenso sobre quantos “sentidos” uma planta possui, é claro que elas reagem a uma variedade surpreendente de estímulos. Isso amplia a compreensão do mundo vegetal e abre novas possibilidades de estudo sobre como esses organismos interagem com o ambiente.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS