Sexta-feira, Dezembro 19, 2025

PF PRENDE “NÚMERO 2” DA PREVIDÊNCIA E FILHO DO “CARECA DO INSS”

➡️A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), uma nova fase da Operação Sem Desconto, considerada uma das maiores ofensivas contra fraudes no sistema previdenciário nos últimos anos. A ação investiga um esquema bilionário de descontos ilegais aplicados diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

CÚPULA DA PREVIDÊNCIA SOB SUSPEITA
O principal alvo da operação é Adroaldo da Cunha Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social e número dois na hierarquia da pasta. Segundo a investigação, Portal teria facilitado o credenciamento de associações de fachada utilizadas para efetuar descontos indevidos nos benefícios previdenciários.

Considerado braço direito do ministro Carlos Lupi, Adroaldo Portal teve a prisão preventiva decretada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as medidas da operação.

PRINCIPAIS ALVOS DA OPERAÇÃO
Além do secretário-executivo da Previdência, outros nomes de destaque foram atingidos pela ação da Polícia Federal:

Adroaldo da Cunha Portal — Secretário-executivo do Ministério da Previdência Social (prisão preventiva).

Romeu Carvalho Antunes — Filho do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, suspeito de gerenciar entidades envolvidas na fraude.

Éric Fidelis — Advogado e filho de um ex-diretor do INSS, preso sob suspeita de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas.

Senador Weverton Rocha (PDT-MA) — Alvo de mandados de busca e apreensão. A PF apura se o parlamentar teria utilizado influência política para sustentar o esquema.

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COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
De acordo com a investigação, o esquema era baseado na atuação de associações e sindicatos de fachada, que obtinham acesso a dados de aposentados e pensionistas. A partir dessas informações, eram realizados descontos mensais nos benefícios, geralmente de valores baixos, para evitar suspeitas.

Os débitos apareciam como “mensalidade associativa”, “contribuição sindical” ou “seguros”, mesmo sem qualquer autorização dos beneficiários.

Segundo uma fonte ligada às investigações, o impacto financeiro é elevado. O esquema teria movimentado milhões de reais por mês, retirados diretamente da renda de aposentados em todo o país.

REPERCUSSÃO POLÍTICA
A prisão de Adroaldo Portal colocou o Ministério da Previdência Social no centro de uma grave crise política. Embora o ministro Carlos Lupi ainda não tenha se pronunciado oficialmente, interlocutores do Palácio do Planalto indicam que o afastamento do secretário-executivo deve ser formalizado ainda hoje, por meio de publicação no Diário Oficial da União.

O STF também determinou o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, com valores que podem chegar a centenas de milhões de reais.

PRÓXIMOS PASSOS DA INVESTIGAÇÃO
A Polícia Federal segue analisando documentos, computadores e aparelhos celulares apreendidos durante a operação. O objetivo é identificar outros possíveis envolvidos, incluindo servidores do INSS, dirigentes de entidades e agentes políticos que possam ter participado ou se beneficiado do esquema criminoso.

A Operação Sem Desconto permanece em andamento, e novas fases não estão descartadas.

Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS

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