
➡️O desabamento do Edifício Giselle, no centro de Jaboatão dos Guararapes (PE), no dia 1º de junho de 1977, deixou marcas profundas na cidade e no coração dos brasileiros. A tragédia aconteceu às 13h15, quando a estrutura de sete andares veio abaixo, matando 22 pessoas e deixando histórias de dor e desespero.
O prédio, pertencente ao industrial Aluízio Pedrosa Pontes, já apresentava falhas estruturais. Reforços nas colunas estavam sendo feitos, mas o edifício não resistiu e desabou. No térreo funcionava o Banco Mercantil de Pernambuco, que havia encerrado o expediente minutos antes, evitando um número ainda maior de vítimas.
VÍTIMAS IMPLORAVAM POR SOCORRO
O caso do escriturário Almir Francisco dos Santos comoveu o país. Preso entre os escombros, ele conseguiu conversar com um guarda durante os trabalhos de resgate. “Estou aqui, me ajude”, implorava. No entanto, antes que pudesse ser salvo, uma laje desabou sobre ele, causando sua morte instantânea. O bombeiro que tentou socorrê-lo entrou em choque, sem conseguir conter o desespero.
Outro relato dramático foi o da funcionária do banco Ana Maria Duarte. Durante horas, ela gritava debaixo dos escombros: “Estou aqui, me tirem pelo amor de Deus, se demorar muito eu vou morrer”. O contato com os socorristas ocorreu às 3h da madrugada, mas, devido à falta de equipamentos adequados, o corpo de Ana só foi retirado às 14h, já sem vida.
Ao todo, 22 pessoas morreram, entre elas cinco funcionários do banco, quatro crianças e outros moradores. Apenas a tesoureira do banco, Laura Ribas de Albuquerque, foi resgatada com vida.
As investigações confirmaram que o prédio teve um andar extra, não previsto no projeto original, além de diversas falhas construtivas. O excesso de peso e a má execução da obra foram determinantes para o colapso, que entrou para a história como uma das maiores tragédias urbanas de Pernambuco. Atualmente no local funciona uma agência do banco Bradesco.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS
Fotos: Diário de Pernambuco/Jaboatão Antigo