O grupo cobra a votação imediata do “pacote da paz”, que inclui anistia aos envolvidos em 8 de janeiro, impeachment de Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado. A ação, liderada por senadores como Magno Malta e Damares Alves, já paralisou os trabalhos nas duas Casas. Sem acordo, os parlamentares prometem manter a ocupação até que suas reivindicações sejam atendidas.

➡️Parlamentares da oposição, em sua maioria aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocuparam nesta terça-feira (5) as mesas diretoras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro. O ato paralisou os trabalhos legislativos nas duas Casas.
A ocupação faz parte de uma mobilização articulada da oposição e tem como foco a cobrança do chamado “pacote da paz”, um conjunto de pautas que os parlamentares exigem que sejam imediatamente votadas. Entre os principais pontos estão:
Anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023;
Aprovação do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes;
Votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com o foro privilegiado.
No Senado, o protesto foi liderado por nomes como Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Jaime Bagattoli (PL-RO), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE). Eles ocuparam a Mesa Diretora do plenário e declararam que não pretendem deixar o local até que suas reivindicações sejam atendidas.
Na Câmara, deputados da oposição se revezam na tribuna e na Mesa Diretora, adotando a mesma postura de permanência. Os presidentes das duas Casas, Davi Alcolumbre (Senado) e Hugo Motta (Câmara), convocaram reuniões com os líderes partidários na tentativa de negociar uma solução para o impasse, mas até o momento não houve avanço.
Líderes governistas reagiram com firmeza e classificaram a ação como uma tentativa de chantagem política. Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a ocupação se assemelha aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e representa uma ameaça ao funcionamento institucional do Congresso.
Sem acordo à vista, a ocupação segue, e a oposição promete manter a paralisação até que o “pacote da paz” seja pautado e votado. A crise aprofunda a tensão entre os Poderes e pode travar votações importantes nas próximas semanas.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS