Domingo, Outubro 5, 2025

MORRE ARLINDO CRUZ, ARQUITETO DO SAMBA-PAGODE, AOS 66 ANOS

O cantor e compositor Arlindo Cruz enfrentava desde 2017 graves sequelas de um AVC hemorrágico, que afetou sua fala e mobilidade, além de diversas internações e cirurgias. Nos últimos meses, teve a saúde agravada por pneumonia e infecção bacteriana resistente. Como um dos fundadores do Fundo de Quintal, foi fundamental na renovação do samba e no surgimento do pagode, deixando um legado de mais de 550 sambas que influenciaram gerações.
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➡️O mundo do samba está em profundo luto com a confirmação da morte do cantor e compositor Arlindo Cruz, ocorrida na sexta-feira, 8 de agosto de 2025, aos 66 anos, em sua residência no Rio de Janeiro. A família do artista divulgou a notícia, ressaltando a longa batalha do sambista contra complicações de saúde que se iniciaram em 2017, quando ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

Desde então, Arlindo enfrentou graves sequelas neurológicas, incluindo comprometimento da fala e mobilidade, e passou por diversas internações e cirurgias. Nos últimos meses, sua condição se agravou após contrair uma pneumonia complicada por uma infecção bacteriana resistente.

O ARQUITETO DA REVOLUÇÃO DO SAMBA-PAGODE
Arlindo Cruz não foi apenas um cantor, mas um dos principais arquitetos da revolução musical que transformou o samba brasileiro. Integrante e um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, ele foi peça-chave na renovação do samba de raiz e no surgimento do pagode, movimento que tomou força nas rodas do Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro, durante a década de 1970.

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Junto com seus companheiros, Arlindo introduziu novas sonoridades e instrumentos — como o banjo de quatro cordas, o tantã e o repique de mão — que hoje são elementos essenciais do gênero. Essa modernização, que preservou a essência do samba, deu um novo fôlego ao ritmo, tornando-o acessível a novas gerações. O estilo criado pelo grupo influenciou uma vasta legião de artistas, incluindo nomes como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão.

Além do sucesso com o Fundo de Quintal, Arlindo Cruz teve uma carreira solo brilhante e destacou-se como compositor de sambas-enredo memoráveis para escolas como Império Serrano e Vila Isabel. Seu trabalho vai além dos palcos e rodas de samba, firmando-se como um pilar da cultura popular brasileira e moldando a identidade musical do país.

UM LEGADO IMPERDÍVEL
Ao longo de mais de quatro décadas, Arlindo compôs mais de 550 sambas, incluindo clássicos como “O Show Tem Que Continuar”, “Bagaço da Laranja” e “Meu Lugar”. Seu legado é inestimável e sua influência continuará viva nas rodas de samba, nos corações dos fãs e na história da música brasileira.

O velório e sepultamento do sambista estão previstos para o sábado, 9 de agosto, com locais e horários a serem divulgados pela família.

Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS

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