
➡️A atriz e humorista Berta Loran, conhecida por sua trajetória marcante na televisão brasileira, morreu na madrugada desta segunda-feira (29), aos 99 anos, em um hospital particular de Copacabana, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada.
Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, sob o nome de Basza Ajs, Berta imigrou para o Brasil ainda na infância, aos nove anos, fugindo com sua família judia do Holocausto e do regime nazista. Já no país, adotou o nome artístico que a consagraria como um dos maiores nomes da comédia nacional.
A carreira começou no teatro de revista nos anos 1950, mas foi na televisão que conquistou projeção nacional. Contratada pela TV Globo a convite de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, integrou programas icônicos como Balança, Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1971-1973), Escolinha do Professor Raimundo (1990-1995) e Zorra Total (1999-2015).
Entre seus personagens mais lembrados estão Manuela D’Além Mar, na primeira versão da Escolinha, ao lado de Chico Anysio, e Sara Rebeca, na segunda versão do programa, em 2001. Também participou do Chico Total (1996) e de diversas novelas, como Amor com Amor se Paga (1984), Chiquinha Gonzaga (1999) e Cama de Gato (2010). Seu último trabalho na televisão foi em A Dona do Pedaço (2019).
Mesmo com a intensa trajetória na TV, Berta nunca abandonou os palcos. Atuou em peças como O Peru (1963), Alegro Desbum (1973), Tropicanalha (1989) e Até que as Sogras nos Separem (1999), reafirmando o teatro como sua grande paixão.
Nos últimos anos, a artista optou por uma vida reclusa, afastada da imprensa e dos holofotes. Seu centenário seria comemorado em março de 2026.
Berta Loran deixa um legado de humor, talento e resistência, sendo lembrada como uma das grandes pioneiras da comédia televisiva no Brasil.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS