
➡️Nesta quinta-feira (26), o Brasil comemora o Dia Nacional dos Surdos, uma data de grande relevância para a reflexão, valorização e reconhecimento da Comunidade Surda brasileira. Mais do que um marco histórico, a data também simboliza a luta pela plena inclusão social e pela garantia de direitos.
A escolha do dia não é por acaso. Em 26 de setembro de 1857 foi fundada, no Rio de Janeiro, a primeira escola para surdos do país, hoje conhecida como Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Desde então, a instituição se tornou um marco na educação e na trajetória de conquistas da comunidade.
CONQUISTAS E DESAFIOS
Apesar dos avanços, a luta da comunidade surda segue marcada por desafios. Uma das principais conquistas foi a oficialização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pela Lei nº 10.436/2002, reconhecendo-a como meio legal de comunicação e expressão. A Libras é uma língua visual-espacial completa, fundamental para a identidade cultural e comunicação de milhões de brasileiros surdos.
Entretanto, ainda persistem barreiras significativas:
Educação Bilíngue: a implementação de um currículo que valorize tanto a Libras quanto a Língua Portuguesa segue sendo uma das principais reivindicações, com a necessidade de professores e intérpretes capacitados.
Acessibilidade em serviços essenciais: a falta de intérpretes em hospitais, órgãos públicos e tribunais ainda obriga muitos surdos a depender de familiares ou amigos para acessar serviços básicos.
Mercado de trabalho: a inclusão profissional é limitada pela ausência de comunicação acessível e pela falta de ambientes verdadeiramente inclusivos.
O SIGNIFICADO DO “SETEMBRO AZUL”
Setembro é considerado o mês da visibilidade surda, conhecido como Setembro Azul. O azul, antes associado a um passado de discriminação — quando pessoas com deficiência eram marcadas com uma faixa azul durante a Segunda Guerra Mundial — foi ressignificado pela comunidade. Hoje, a cor representa o orgulho surdo, sua identidade cultural e a celebração da Libras.
UM CHAMADO À SOCIEDADE
A data também é um convite à mobilização social. Entre as atitudes que podem fortalecer a inclusão estão:
Aprender Libras e reconhecer sua legitimidade como língua oficial;
Cobrar acessibilidade em escolas, hospitais, empresas e serviços públicos;
Ouvir e valorizar a comunidade surda, entendendo a surdez como uma diferença cultural e não como limitação.
Neste 26 de setembro, a mensagem é clara: a inclusão não pode ser exceção, mas sim a regra. Garantir o pleno exercício dos direitos das pessoas surdas é essencial para construir uma sociedade mais justa, diversa e acessível.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS