O Império do Brasil (1822-1889) foi o único modelo monárquico estabelecido oficialmente na América do Sul. O regime, onde o chefe de Estado é vitalício e hereditário, adotou a Monarquia Constitucional Hereditária. O período se dividiu em Primeiro Reinado (D. Pedro I, com a Constituição de 1824 e o Poder Moderador) e Segundo Reinado (D. Pedro II, com estabilidade, avanço econômico e a abolição da escravidão em 1888). O regime foi deposto por um golpe militar em 15 de novembro de 1889, dando início à República.

➡️Neste sábado (15), o Brasil resgata parte fundamental de sua trajetória ao recordar os 67 anos em que viveu sob o regime monárquico, sistema que marcou profundamente a formação política e social do país. O período, conhecido como Império do Brasil, vigorou de 1822 até 1889 e foi o único modelo monárquico estabelecido oficialmente na América do Sul.
A data serve também para explicar ao público como funciona a monarquia, regime em que o chefe de Estado é um monarca — rei, rainha ou imperador — que ocupa o cargo de forma vitalícia e hereditária, passando-o normalmente de pai para filho dentro da mesma família.
TIPOS DE MONARQUIA
Especialistas destacam dois modelos principais:
Monarquia Absoluta
Nesse sistema, o monarca concentra praticamente todo o poder, decidindo leis, políticas e ações de governo sem depender de outras instituições.
Monarquia Constitucional ou Parlamentar
Modelo mais comum na atualidade, limita o poder do monarca por meio de uma Constituição. Nesse formato, ele exerce funções simbólicas, enquanto o governo é conduzido por um Parlamento e um Primeiro-Ministro.
Atualmente, países como Reino Unido, Espanha, Japão, Suécia e Holanda adotam formas de monarquia constitucional.
O IMPÉRIO NO BRASIL
O Brasil adotou a Monarquia Constitucional Hereditária, na qual o Imperador detinha o comando máximo da nação em um cargo vitalício e transmitido por sucessão.
A história do Império divide-se em dois grandes capítulos:
PRIMEIRO REINADO (1822–1831)
Sob o comando de Dom Pedro I, o período marcou a consolidação da Independência e trouxe a Constituição de 1824, que implantou o sistema dos Quatro Poderes e o polêmico Poder Moderador, permitindo ao Imperador intervir nos demais poderes.
SEGUNDO REINADO (1840–1889)
Governado por Dom Pedro II, o Brasil viveu estabilidade política, avanços econômicos — impulsionados pela produção cafeeira — e profundas transformações sociais. O auge desse período inclui a assinatura da Lei Áurea, em 1888, que aboliu a escravidão. A medida, embora histórica, reduziu o apoio de parte das elites à monarquia.
DA MONARQUIA À REPÚBLICA
O regime chegou ao fim em 15 de novembro de 1889, quando um golpe militar liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca depôs Dom Pedro II. Entre os fatores determinantes para a queda estavam o descontentamento militar, as pressões econômicas e a crescente adesão às ideias republicanas.
A Proclamação da República inaugurou um novo ciclo político no país, estabelecendo as bases do sistema democrático e representativo que vigora até hoje.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS
