
➡️A deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) usou suas redes sociais, nesta quinta-feira (13), para criticar os gastos da Presidência da República com a organização da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, no Pará. Segundo a parlamentar, o valor já empenhado — R$ 382 milhões — seria excessivo diante das necessidades básicas ainda não atendidas no país.
Em sua publicação, Tércio ironizou o investimento e fez um paralelo entre o evento internacional e a realidade social brasileira. “A Presidência já gastou R$ 382 milhões com a COP30. Nem o calor do aquecimento global derrete tanto dinheiro público. Enquanto a elite discursa sobre sustentabilidade, o povo segue sem saneamento básico”, escreveu.
A crítica da deputada se concentra na magnitude dos recursos destinados ao evento, parte deles repassados à Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para auxiliar na estrutura da conferência. Para ela, o governo estaria priorizando um encontro global em detrimento de investimentos essenciais em infraestrutura social.
Por outro lado, o Governo Federal defende que os gastos são necessários para sediar um evento de grande porte e afirma que parte do valor está sendo aplicada em obras de infraestrutura em Belém, que devem permanecer como legado para a população após o encerramento da conferência, previsto para 2025.
A polêmica reacende o debate sobre a alocação de recursos públicos em grandes eventos internacionais e a definição de prioridades na gestão orçamentária do país.
GOVERNO FEDERAL DEFENDE GASTO DE R$ 382 MILHÕES COM A COP30 E APONTA LEGADO EM INFRAESTRUTURA PARA BELÉM
O Governo Federal apresentou justificativas para os R$ 382,3 milhões já desembolsados na organização da COP30, que será sediada em Belém (PA) em 2025. O valor, alvo de críticas da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), é defendido pelo Executivo como parte de um investimento mais amplo, focado no legado de infraestrutura e na transparência do uso dos recursos.
Maior Parte do Valor Vai para a OEI
Do total gasto até o momento, R$ 323,7 milhões foram repassados à Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), responsável pela gestão da estrutura e da organização da conferência climática. Outros valores incluem:
R$ 38,3 milhões destinados à Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC), referentes a compromissos financeiros com as Nações Unidas;
R$ 20,3 milhões enviados à Secretaria de Transportes do Pará para ações logísticas e locação de transporte para participantes.
Governo Aponta Transparência e Legado
Embora não tenha respondido diretamente às críticas da deputada Clarissa Tércio, a Casa Civil e a Secretaria Extraordinária para a COP30 afirmam que o investimento integra um plano maior de preparação da capital paraense. Segundo o governo:
Mais de R$ 4,2 bilhões estão previstos para obras de infraestrutura em Belém, abrangendo saneamento básico, mobilidade urbana e recuperação de sistemas fluviais;
Os gastos estão sob fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), assegurando transparência e correta aplicação dos recursos;
Sediar a COP30 é considerado uma prioridade estratégica, reforçando a liderança ambiental do Brasil ao realizar o evento no coração da Amazônia.
O debate sobre o custo da conferência segue em destaque no cenário político, dividindo opiniões entre os que apontam excesso de gastos diante das demandas sociais e os que defendem os investimentos como essenciais para garantir melhorias duradouras para Belém e para a projeção internacional do país.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS
