➡️O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na manhã deste sábado (22/11) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão, tomada de forma cautelar, não tem relação direta com o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses imposta no processo da trama golpista. Segundo informações iniciais, a medida foi adotada diante de indícios de risco à efetividade das investigações e ao cumprimento das medidas judiciais.
PF CUMPRE MANDADO NA CASA DO EX-PRESIDENTE
A prisão foi efetuada pela Polícia Federal (PF) nas primeiras horas do dia, na residência de Bolsonaro, situada no Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Em nota oficial, a corporação informou que o pedido de prisão partiu da própria PF e foi autorizado pelo ministro do STF. Agentes chegaram ao endereço por volta das 6h e conduziram o ex-presidente à Superintendência Regional da PF, no Distrito Federal.
VIGÍLIA CONVOCADA POR FLÁVIO BOLSONARO É APONTADA COMO FATOR DE RISCO
A decisão judicial menciona que uma vigília de oração convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), contribuiu para o pedido de prisão. No vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar convocou apoiadores para um ato “pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade do Brasil”.
Conforme Moraes, o chamado público levantou preocupação sobre possível mobilização de apoiadores para interferir na fiscalização da prisão domiciliar e das medidas cautelares. O ministro citou “altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada” e para a lei penal, considerando que a mobilização poderia facilitar eventual fuga do ex-presidente.
Moraes também destacou que o vídeo de Flávio Bolsonaro reforça ataques ao Poder Judiciário, especialmente ao STF, ao repetir a “narrativa falsa” de perseguição e ditadura da Corte. Para o ministro, a convocação repete o “modus operandi” de mobilizações populares com fins ilícitos atribuídas à organização criminosa que, segundo as investigações, teria sido liderada por Jair Bolsonaro.
MORAES APONTA TENTATIVA DE VIOLAR TORNOZELEIRA
Outro ponto crucial citado na decisão foi a suspeita de que Jair Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica durante a madrugada, o que teria reforçado a necessidade da prisão preventiva. Segundo Moraes, a medida busca garantir a ordem pública e assegurar que as investigações prossigam sem interferências.
A intenção de tirar o equipamento de monitoramento eletrônico se deu por volta da meia-noite deste sábado, de acordo com o texto assinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Bolsonaro permanece sob custódia da Polícia Federal enquanto aguarda novos desdobramentos do processo.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS