Ele mais 15 pessoas foram indiciadas
➡️ Dez meses após uma operação da Polícia Federal em sua residência, o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta um novo revés. Ontem, ele foi oficialmente indiciado sob a acusação de fraudar comprovantes de vacinação contra a Covid-19, tanto em seu próprio nome quanto no de sua filha mais nova.
Este é o desdobramento mais recente de um total de cinco inquéritos aos quais Bolsonaro responde no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito, que agora foi concluído pela PF, representa um marco, sendo o primeiro a chegar a essa fase.
As acusações não se limitam apenas a Bolsonaro. Seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e outras 15 pessoas também foram indiciadas por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.
A defesa do ex-presidente nega veementemente qualquer envolvimento com os documentos fraudulentos, mas segundo os investigadores, há evidências de que Bolsonaro tinha pleno conhecimento e teria até mesmo ordenado a criação dos certificados falsos.
Inicialmente, os comprovantes foram forjados para permitir que Bolsonaro e seus familiares viajassem para o exterior sem a necessidade de se imunizar de fato. Porém, a investigação aponta para uma conexão mais profunda, sugerindo que a fraude nos comprovantes de vacinação poderia estar vinculada a uma trama maior, possivelmente relacionada a uma tentativa de golpe de Estado.
O relatório final do inquérito foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, e à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá até 15 dias para decidir se apresenta ou não uma denúncia formal.
O desenrolar desse caso promete impactar significativamente o cenário político brasileiro e a reputação do ex-presidente Bolsonaro, enquanto levanta questões sobre a integridade dos sistemas de informação em meio à pandemia global.