➡️ As armas de balas de gel, popularizadas entre crianças e adolescentes no Brasil, estão provocando sérias consequências tanto para os usuários quanto para terceiros. O aumento de atendimentos médicos por ferimentos nos olhos relacionados a esses dispositivos levou a Fundação Altino Ventura (FAV) a emitir um alerta.
Segundo a FAV, em apenas quatro dias, 17 pacientes buscaram atendimento com lesões oculares causadas por esses brinquedos. Um dos casos mais graves foi o de Kauê Antony da Silva, de nove anos. Ele foi atingido no olho direito enquanto brincava com amigos no último domingo. Após o incidente, o garoto foi levado às pressas ao hospital, onde passou por cirurgia de emergência.
“Agora ele está se recuperando. Está tomando os medicamentos e vai fazer acompanhamento”, contou Rafael Gomes, tio do menino e influenciador digital. A equipe médica alertou para o risco de doenças futuras no olho afetado, como catarata.
A oftalmologista Camila Moraes, vice-coordenadora do Departamento de Cirurgia Refrativa da FAV, explicou que os casos mais comuns incluem sangramento ocular, inflamação conjuntival e uveíte — uma inflamação interna que requer tratamento prolongado para prevenir sequelas visuais. “Pelas lesões encontradas, o impacto desses projéteis parece ser muito significativo”, destacou a especialista.
Apesar dos perigos, a posse ou comercialização das armas de gel não é considerada crime. O dispositivo não é classificado como simulacro e, em muitos casos, é tratado como brinquedo. No entanto, o Inmetro discorda dessa definição, classificando esses produtos como “réplicas de armas com projéteis de bolas de gel”.
O alerta reforça a importância da supervisão de adultos e da conscientização sobre os riscos associados ao uso desse tipo de equipamento.
✅Créditos:
Por Wanderson Silva para a redação do SISTEMA AQUI NOTÍCIAS
Com informações: Folha-pe