Quarta-feira, Dezembro 17, 2025

CORREIOS ENTRAM EM GREVE EM SETE ESTADOS E PREJUDICAM ENTREGAS EM TODO O BRASIL

➡️Trabalhadores dos Correios em sete estados brasileiros iniciaram, entre a noite da última terça-feira (16) e a manhã desta quarta-feira (17), uma greve por tempo indeterminado. A paralisação atinge São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba, afetando os principais centros de distribuição do país em plena semana que antecede o Natal.

A decisão foi tomada em assembleias organizadas por sindicatos ligados à Federação Intermunicipal dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect). A mobilização ocorre em meio a uma grave crise estrutural e financeira enfrentada pela estatal.

Segundo as entidades sindicais, a greve não tem como foco principal o reajuste salarial, mas sim a defesa de direitos e a sobrevivência do serviço público postal. Entre os principais motivos apontados estão o déficit financeiro da empresa, estimado em cerca de R$ 6 bilhões para o ano de 2024, a tentativa de redução de benefícios previstos em acordos coletivos anteriores e a cobrança por um aporte financeiro imediato do Governo Federal.

Os trabalhadores afirmam que a falta de investimentos tem provocado sucateamento da empresa, aumento da sobrecarga de trabalho e precarização das condições operacionais. Já a gestão dos Correios sustenta que o rombo financeiro inviabiliza novos reajustes e exige medidas de contenção de gastos.

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Com a paralisação, a expectativa é de atrasos significativos nas entregas, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que concentram os maiores centros de triagem. Serviços como Sedex e PAC podem ter os prazos suspensos nessas regiões. Mesmo estados não diretamente afetados pela greve devem registrar lentidão, já que parte das encomendas passa por unidades paralisadas.

Em nota oficial, os Correios informaram que colocaram em prática planos de contingência para reduzir os impactos, incluindo o deslocamento de funcionários administrativos para a operação e a realização de mutirões de entrega aos fins de semana.

O impasse deve ser levado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que poderá atuar como mediador do conflito. Caso a greve seja considerada abusiva ou não seja mantido um percentual mínimo de trabalhadores em atividade, a Justiça poderá aplicar multas diárias aos sindicatos envolvidos.

Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS

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