No evento “Encontro de Homens” em Sorocaba, o ex-jogador Kaká, último brasileiro eleito Melhor do Mundo (2007), ministrou a palestra “O Poder da Presença de Deus”. Ele abriu o coração sobre sua passagem difícil pelo Real Madrid, marcada por lesões e críticas, onde descobriu que sua identidade é ser “filho de Deus”, não o melhor ou pior jogador. Relembrou o acidente doméstico aos 18 anos e afirmou que a fé lhe deu equilíbrio para enfrentar o caos e a pressão. Formado em Teologia, ele se vê como “testemunha” e não pretende ser pastor, dedicando-se ao seu “segundo tempo” na fé.
➡️Longe das arquibancadas lotadas da Europa e da camisa 10 que o consagrou, o ex-jogador Kaká reuniu cerca de 1.500 pessoas na noite de novembro, durante o evento “Encontro de Homens”, realizado na Igreja Família, em Sorocaba. No púlpito, o último brasileiro eleito Melhor do Mundo (2007) ministrou a palestra “O Poder da Presença de Deus”, em que abriu o coração sobre identidade, fracassos, fé e reconstrução emocional.
IDENTIDADE X PERFORMANCE
Kaká destacou um dos períodos mais difíceis da carreira: sua passagem pelo Real Madrid. Contratado como estrela, enfrentou lesões, críticas e questionamentos sobre seu desempenho, o que abalou profundamente sua autoimagem.
“Era muito difícil levantar da cama, ver notícias suas nos jornais todos os dias questionando: ‘Quem é ele? O melhor do mundo ou uma das piores contratações da história do Real?’”, relatou.
Segundo ele, foi nesse momento que encontrou sua resposta: “Eu descobri que a identidade é o nosso maior bem. Eu não era o melhor jogador do mundo nem a pior contratação. Eu era, e sou, filho de Deus.”
DO CAOS À PAZ
O ex-atleta relembrou ainda o acidente doméstico que quase o deixou tetraplégico aos 18 anos, quando fraturou uma vértebra ao pular em uma piscina. Ele ressaltou que a fé não o impediu de passar por momentos difíceis — como derrotas marcantes e eliminações dolorosas —, mas lhe deu equilíbrio para não sucumbir à pressão.
“A presença de Deus não é a ausência de guerra, é a certeza de que Ele está lá, mesmo no caos”, afirmou, arrancando aplausos e manifestações de fé do público.
EVANGELISTA, NÃO PASTOR
Embora demonstre desenvoltura na oratória e formação em Teologia, Kaká fez questão de deixar claro que não pretende assumir o título de pastor. Ele afirma que sua missão é atuar como “testemunha”, levando sua vivência espiritual a eventos religiosos e corporativos.
No encerramento, o ex-jogador atendeu fiéis, autografou Bíblias e camisas e reforçou que, embora a carreira nos gramados tenha sido concluída, seu “segundo tempo” na fé está apenas começando.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS