O rendimento médio de trabalhadores negros é de R$ 3.816, enquanto o de não negros chega a R$ 6.568. No setor privado, negros com carteira assinada ganham R$ 2.652, contra R$ 3.918 de não negros. No setor público, a diferença é de R$ 9.404 para R$ 12.470. Apesar de a ocupação ter crescido 5,4% para negros em 2024 (contra 0,4% para não negros), as desigualdades salariais persistem no mercado de trabalho do DF.

➡️Trabalhadores negros do Distrito Federal recebem, em média, 42% a menos que pessoas não negras, segundo o Boletim de Situação dos Trabalhadores Negros no DF, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em parceria com o Dieese, em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20/11).
De acordo com o levantamento, o rendimento médio de trabalhadores negros é de R$ 3.816, enquanto o de não negros chega a R$ 6.568.
DIFERENÇA DE RENDA POR SETOR
No setor privado, trabalhadores negros têm renda média de:
R$ 2.652 com carteira assinada;
R$ 2.491 sem carteira.
No setor público, a remuneração média sobe para R$ 9.404.
Entre autônomos, o rendimento mensal é de R$ 2.932.
Já empregados domésticos recebem cerca de R$ 1.560, pouco acima do salário mínimo.
Entre trabalhadores não negros, os valores são:
R$ 3.918 com carteira assinada no setor privado;
R$ 3.768 sem carteira;
R$ 12.470 no setor público;
R$ 3.926 entre autônomos.
PREDOMINÂNCIA NEGRA NA FORÇA DE TRABALHO
O estudo aponta que, em 2024, 61,9% da população em idade ativa no DF é negra — cerca de 1,638 milhão de pessoas.
Desses moradores, 65,1% estavam economicamente ativos: 41,2% negros e 23,9% não negros. Outros 34,9% estavam fora da força de trabalho.
OCUPAÇÃO CRESCE MAIS ENTRE NEGROS
Entre 2023 e 2024, a taxa de ocupação aumentou 5,4% entre negros, contra 0,4% entre não negros.
Nos setores econômicos, o avanço para trabalhadores negros foi:
9,7% na indústria de transformação;
7,5% no comércio e reparação;
5,0% na construção;
4,6% nos serviços.
Entre não negros, houve aumento na construção (5,3%) e leve alta nos serviços (0,5%). Já a indústria de transformação registrou queda de 5,9%, enquanto o comércio e reparação permaneceu estável.
O boletim evidencia que, apesar do crescimento da participação e ocupação da população negra, as desigualdades salariais seguem profundas no mercado de trabalho do Distrito Federal.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS
Com informações: Metrópolis
