A conferência, que reúne líderes de 198 países, ONGs e ativistas, busca fortalecer as ações para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris. Sob a presidência brasileira, os debates focam em quatro eixos: adaptação climática, financiamento justo, transição energética e a integração da Amazônia com justiça social. Compromissos iniciais já foram firmados, como a Declaração de Belém sobre Fome e Pobreza e uma coalizão para mercados de carbono.
➡️A capital paraense se tornou oficialmente, nesta segunda-feira (10), o palco da 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que se estenderá até o dia 21 de novembro. É a primeira vez que o Brasil e a Amazônia sediam o evento, um marco histórico que coloca a região no centro das discussões globais sobre o futuro do planeta.
A conferência reúne chefes de Estado, negociadores de 198 países, organizações não governamentais e ativistas ambientais. O principal objetivo é fortalecer as ações climáticas para manter vivo o compromisso do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
FOCO EM QUATRO EIXOS PRIORITÁRIOS
Sob a presidência brasileira, a COP30 deste ano está centrada em quatro temas considerados cruciais para o avanço da agenda climática:
Adaptação Climática: Diante da intensificação dos eventos extremos em todo o mundo, busca-se criar planos mais eficazes e financiáveis para proteger as populações mais vulneráveis — um dos pilares que fazem desta a “COP da adaptação”.
Financiamento Justo: Países em desenvolvimento pressionam por novos mecanismos financeiros que permitam implementar metas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Transição Energética Justa: O debate envolve acelerar a substituição dos combustíveis fósseis por energias limpas, garantindo que o processo não amplie desigualdades sociais e econômicas.
Integração Amazônia e Justiça Social: O Brasil pretende destacar o papel da floresta amazônica como eixo estratégico da sustentabilidade, vinculando preservação ambiental, combate à pobreza e defesa dos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.
DECLARAÇÕES E PRIMEIROS RESULTADOS
Antes mesmo das negociações oficiais, a Cúpula do Clima em Belém já gerou importantes compromissos iniciais:
Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática: Assinada por mais de 40 países, propõe medidas integradas para enfrentar a fome e a pobreza a partir de soluções climáticas centradas nas pessoas.
Coalizão de Mercados de Carbono: Iniciativa liderada pelo Brasil, com apoio de nações como China e União Europeia, reforçando o papel dos mercados regulatórios de carbono na redução das emissões globais.
Com expectativas elevadas, o grande desafio da COP30 será transformar as declarações e promessas iniciais em acordos concretos e metas quantificáveis, capazes de responder à urgência da crise climática que ameaça o planeta.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS