➡️Em um voto que durou mais de 11 horas, o ministro Luiz Fux apresentou nesta quarta-feira (10) sua posição no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Divergindo de outros integrantes da Corte, o magistrado votou pela absolvição do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e de outros réus, condenando apenas o general Walter Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e ainda assim por apenas um dos crimes.
Segundo Fux, os dois devem ser responsabilizados pela tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas devem ser absolvidos da acusação de organização criminosa armada.
Já em relação a Bolsonaro e outros quatro acusados – o almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno e o general Paulo Sérgio Nogueira – o ministro votou pela absolvição total. Ele também defendeu que todos os réus fossem absolvidos do crime de organização criminosa armada, por considerar que não houve provas suficientes.
Outro ponto do voto foi a decisão de suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem, único réu com foro privilegiado no processo.
A posição de Fux contrasta com a dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que já haviam votado pela condenação de um maior número de acusados e por mais de um crime. A divergência expõe um racha no Supremo sobre a interpretação das provas e deve influenciar diretamente os próximos passos do julgamento.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS