
➡️A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou a tribuna da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quarta-feira (3), para contestar a delação do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF), no julgamento que apura a suposta trama golpista.
Os advogados reiteraram que Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito e rejeitaram qualquer ligação do ex-mandatário com a chamada “minuta do golpe”. Eles também negaram sua responsabilidade nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e em um suposto plano de assassinato contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Na sustentação oral, a defesa afirmou que Bolsonaro foi “arrastado” para o contexto dos atos de 8 de janeiro e que não há provas que o comprometam. Em relação ao acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, os representantes do ex-presidente ressaltaram que suas declarações não apresentam elementos que incriminem Bolsonaro.
O advogado Celso Vilardi classificou a delação como uma “sucessão inacreditável de fatos”, frisando que não existe “uma única prova que vincule Bolsonaro ao chamado Punhal Verde e Amarelo”.
Outro ponto destacado foi a alegação de que a defesa não teve tempo suficiente para analisar as provas da Ação Penal nº 2.668. Segundo os advogados, a possibilidade de uma condenação de 30 anos é desproporcional e “incompatível com os fatos apresentados”.
Para os representantes de Bolsonaro, “trazer uma pena tão grave, semelhante às aplicadas em crimes contra a vida, para o caso do 8 de janeiro, é uma acusação sem fundamento, pois não há provas que a sustentem”.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS
Foto: Rosinei Coutinho / STF