Aprovado na Câmara, o projeto da deputada Clarissa Tércio cria o Programa de Detecção Precoce e Tratamento da Adenomiose. A iniciativa prevê pesquisas, padronização diagnóstica, capacitação médica e campanhas de conscientização. A emenda que retirava o prazo de regulamentação foi mantida. O texto segue agora para o Senado.
➡️A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 406/2024, de autoria da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), que institui o Programa de Detecção Precoce e Tratamento da Adenomiose. A proposta segue agora para análise no Senado Federal e representa um avanço importante na saúde da mulher no Brasil.
O programa previsto no projeto de lei contempla ações abrangentes, entre elas:
Parcerias para pesquisas científicas, incentivando estudos sobre causas e formas de tratamento da adenomiose;
Padronização de critérios diagnósticos, para facilitar a identificação correta da doença pelos profissionais de saúde;
Capacitação profissional contínua, garantindo que médicos e equipes estejam preparados para reconhecer e tratar a adenomiose;
Campanhas de conscientização pública, com o objetivo de informar a população sobre os sintomas e a importância de buscar ajuda médica.
O texto aprovado inclui uma emenda do relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que retirou o artigo que estipulava prazo de 90 dias para regulamentação da medida, por considerá-lo inconstitucional.
A proposta segue agora para o Senado Federal. Se aprovada, a iniciativa poderá beneficiar milhares de brasileiras que convivem com a adenomiose, promovendo mais saúde, dignidade e qualidade de vida para as mulheres.
O QUE É ADENOMIOSE ?
A adenomiose é uma condição ginecológica em que o tecido que reveste o interior do útero (endométrio) cresce dentro da parede muscular do órgão (miométrio). Esse crescimento anormal provoca espessamento da parede uterina, gerando sintomas como cólicas menstruais intensas, fluxo menstrual abundante, dor pélvica crônica, relações sexuais dolorosas e, em alguns casos, dificuldades para engravidar. Muitas vezes, a doença é confundida com outras condições, o que dificulta o diagnóstico e retarda o início do tratamento.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS