O país alega concorrência desleal, favorecimento a serviços públicos, pirataria, tarifas sobre o etanol, retrocessos na transparência, desmatamento e pressão sobre plataformas digitais. O Brasil nega as acusações e busca solução diplomática.

➡️O governo dos Estados Unidos iniciou uma investigação comercial abrangente contra o Brasil, colocando em foco o sistema de pagamentos instantâneos Pix e o setor de comércio digital. A apuração foi anunciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), a pedido do presidente Donald Trump, e representa um novo capítulo de tensão nas relações econômicas entre os dois países.2
De acordo com as autoridades americanas, o Brasil estaria adotando políticas que criam concorrência desleal e infringem acordos internacionais, prejudicando diretamente empresas dos EUA.
Entre os principais alvos da investigação está o Pix, sistema desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, que segundo os EUA favorece desproporcionalmente serviços públicos em detrimento de empresas privadas internacionais como Visa e Mastercard. Outro ponto de preocupação é o comércio informal e a pirataria, com destaque para a Rua 25 de Março, em São Paulo, considerada um centro de venda de produtos falsificados que violam direitos de propriedade intelectual de marcas americanas.
A retomada de tarifas sobre o etanol americano também figura na lista de críticas. Os EUA alegam que o Brasil estaria restringindo o acesso do produto ao mercado com tarifas elevadas, prejudicando os produtores norte-americanos.
A investigação se estende ainda a temas como governança e transparência, com os Estados Unidos alegando que houve retrocessos no combate à corrupção e que o desmatamento ilegal estaria afetando a competitividade de seus agricultores. Questões relacionadas à propriedade intelectual, com lentidão na concessão de patentes, e a pressões do governo brasileiro sobre plataformas digitais dos EUA, também são alvos da apuração.
O anúncio da investigação ocorre dias após o presidente Trump declarar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com previsão de vigência a partir de 1º de agosto. O governo brasileiro já se manifestou, negando as acusações e prometendo buscar uma solução diplomática para evitar o agravamento das sanções.
A investigação do USTR poderá resultar em novas medidas punitivas e reacender a disputa comercial entre as duas maiores economias das Américas.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS