➡️No dia 1º de junho de 1977, o centro de Jaboatão dos Guararapes viveu uma das maiores tragédias urbanas da região. O Edifício Giselle, ainda em construção, desabou de forma repentina, deixando 22 mortos e mais de 20 feridos. O caso expôs falhas graves no setor da construção civil e marcou para sempre a história da cidade.
As obras do Edifício Giselle começaram em maio de 1976, sob responsabilidade do industrial Aluízio Pedrosa Pontes. O projeto previa sete andares e 28 apartamentos. O pavimento térreo foi adquirido pelo Banco Mercantil de Pernambuco, que inaugurou suas instalações em outubro de 1976. Já os demais andares ainda estavam em fase de acabamento no momento do colapso.
Antes da tragédia, peritos haviam identificado falhas estruturais no prédio. Como medida corretiva, duas colunas de sustentação foram reforçadas, e os trabalhos estavam sendo realizados na terceira coluna quando o desabamento ocorreu.
O prédio, já com seus sete andares erguidos, ruiu no início da tarde daquela quarta-feira, surpreendendo trabalhadores e moradores das proximidades. O cenário foi de destruição e desespero. Equipes de resgate, voluntários e moradores se mobilizaram em busca de sobreviventes, em uma verdadeira corrida contra o tempo.
As investigações confirmaram que falhas estruturais foram a principal causa do desabamento. Documentos e depoimentos mostraram que os problemas na obra eram conhecidos, mas as tentativas de reforço não evitaram a tragédia. O episódio evidenciou a vulnerabilidade das construções da época e a necessidade urgente de fiscalização rigorosa.
Mesmo após mais de quatro décadas, o caso do Edifício Giselle segue vivo na memória de muitas pessoas em Jaboatão. A tragédia se tornou um triste símbolo da importância do planejamento adequado, do uso de materiais de qualidade e da fiscalização séria para evitar que episódios como esse se repitam. Atualmente no local funciona uma agência do banco Bradesco.
Da redação JABOATÃO AQUI NOTÍCIAS