➡️O processo de privatização do Metrô do Recife avança, com leilão previsto para o quarto trimestre de 2026. A concessão à iniciativa privada terá duração de 30 anos, abrangendo gestão, operação e manutenção do sistema metroviário da Região Metropolitana.
A autorização federal já foi dada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atua na reestruturação dos estudos de modelagem. Um passo importante será a transferência dos bens da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para o governo de Pernambuco, que ficará responsável pela outorga.
O cronograma prevê a conclusão dos estudos técnicos até o terceiro trimestre de 2025, seguida de consulta pública. A aprovação dos órgãos de controle deve ocorrer no segundo trimestre de 2026 e, na sequência, será publicado o edital. A assinatura do contrato está prevista para o início de 2027.
Para recuperar o sistema, que hoje opera com velocidade média de 17 km/h e enfrenta vários problemas estruturais, estão previstos investimentos superiores a R$ 3 bilhões. Desse total, R$ 1,4 bilhão será destinado à compra de novos trens e R$ 2,1 bilhões à recuperação da rede aérea. O modelo também prevê subsídio anual de até R$ 200 milhões para manter a tarifa atual.
O governo federal aposta que a privatização trará melhorias como reforma de estações, modernização da frota, atualização da sinalização e mais integração com outros modais, prometendo mais segurança, regularidade e redução no tempo de deslocamento.
Por outro lado, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) é contra a medida, temendo demissões, como ocorreu em Belo Horizonte. Apesar de um Acordo Coletivo que prevê preservação dos empregos, a categoria segue apreensiva.
O futuro do metrô segue em debate, enquanto governo e BNDES trabalham na finalização da modelagem e dos contratos.
Da redação do SISTEMA AQUI NOTÍCIAS